“Que saudades da São Paulo da garoa...”
“A gente não sabe que roupa vestir, temos todas as estações no mesmo dia!”.
“Que verão esquisito! Está frio demais!”
Estamos acostumados a ouvir frases como essas, freqüentemente. O clima parece ter enlouquecido e, a cada ano, as estações tornam-se mais atípicas. A esses fenômenos damos o nome de Inversões climáticas.
Além da incerteza em relação à roupa que devemos usar, as inversões climáticas afetam a saúde das pessoas, especialmente das crianças. As bruscas elevações e/ou reduções na temperatura provocam alterações metabólicas que fragilizam o organismo, deixando-o mais suscetível às ações de vírus e bactérias, provocando um aumento no número de viroses em geral, além de gripes, resfriados, e ocorrências de inflamações das vias superiores. Fora isso, esse descompasso metabólico pode acarretar alterações no sono e até mesmo no rendimento escolar ou no trabalho das pessoas. Crises alérgicas como rinite também se tornam freqüentes em decorrência das altas concentrações de poluentes que interferem na situação do clima.
As causas das inversões climáticas têm sido alvo de muitas discussões, assim como todas as questões relativas ao aquecimento global. Podemos dividi-las em dois grupos: as naturais e as provocadas pela ação humana.
No primeiro grupo, podemos citar as variações da intensidade da radiação solar, as mudanças na órbita terrestre, o movimento das placas tectônicas, que afastam ou aproximam os continentes dos pólos, o El Niño e a La Niña, fenômenos que provocam mudanças no deslocamento de massas de ar e de água quente do Oceano Pacífico, entre outras.
No segundo grupo, relacionamos as causas ligadas à ação humana como o efeito-estufa, provocado pelo excesso na liberação de dióxido de carbono na atmosfera, bem como as alterações na paisagem e no ambiente, frutos da urbanização, que acarretam a formação das Ilhas de Calor (ICU).
Autor: Wagner Israel