NADA COMBINA COM DROGA - NEM A VIDA

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quarta-feira, 16 de julho de 2008

O HUMOR E O AMOR




O IMPACTO DO (BOM) HUMOR NA VIDA E NO RLACIONAMENTO

Viver com alegria é o melhor caminho para envelhecermos bem! Pode parecer uma frase ou um artigo sobre auto-ajuda, tão em moda hoje. Mas não é. Cada vez mais surgem evidências científicas sobre a importância e a influência do bom humor para a saúde física, mental e emocional das pessoas. Além disso, o que queremos mostrar nestas breves reflexões é que o humor também ajuda, e muito, no relacionamento entre as pessoas, especialmente na vida a dois, seja no namoro, na amizade ou no casamento.
HUMOR: O QUE É ISSO?
Em primeiro lugar é bom esclarecermos o que entendemos por humor.
O Dicionário Aurélio apresenta algumas pistas interessantes:
Disposição de espírito.
Veia cômica, graça, espírito.
Capacidade de perceber, apreciar ou expressar o que é cômico ou divertido.
Então, já começou a ficar claro que ter humor não é saber contar piadas, embora isso possa ajudar. Ter humor é muito mais! É uma disposição de espírito, é uma capacidade de nos tornarmos agradáveis e de criarmos, ao nosso redor, um ambiente agradável.
Tenho alguns alunos que são especiais nisso. Quando estão presentes, o ambiente muda, a qualidade e a participação de todos melhora. Você já teve experiências parecidas, não é verdade? Quando alguém entra em casa, ou na roda de conversa, tudo muda: às vezes para melhor, outras vezes se torna mais pesado.
UMA EVIDÊNCIA
A escritora Lya Luft, em artigo recente, afirma que se deu conta de que falta alegria em nossas vidas. Não paramos de reclamar, e os motivos não faltam: os impostos, o custo de vida, o desemprego, a violência, a falsidade de alguém em quem confiávamos tanto, a velhice complicada dos pais, a pouca autoridade das autoridades, a nossa própria indecisão...
A palavra alegria está até com cheiro de mofo... Tanta coisa grave acontecendo, tanta tragédia... - Eu acho que uma das coisas que andam faltando, além de emprego, decência e tanta coisa mais, é alegria. A gente se diverte pouco. Andamos com pouco bom humor. Érico Veríssimo certa vez me disse: - “Lya, em certos momentos o que nos salva nem é o amor, é o humor”.
Um sorriso terno, em meio a toda a crueldade, falsidade, hipocrisia, violência de acusações, de calúnias, de corrupção escandalosa, de desagregação familiar melancólica, de mentira secreta e venenosa..., pode nos confortar e devolvera esperança.
UMA HISTÓRIA
Segundo a Revista Veja, os primeiros estudos sobre a importância do bom humor para a vida das pessoas datam do fim da década de 70. Um dos marcos dessa nova frente de investigação da medicina foi o lançamento, em 1979, do livro A Anatomia de uma Doença. Nele, o americano Norman Cousins relata como conseguiu, graças ao prazer de viver, superar uma afecção gravíssima.
Quinze anos antes, ele havia recebido o diagnóstico de que era vítima de uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral: restavam poucos meses de vida. Depois de passar um tempo no hospital, já com o corpo quase todo paralisado, Cousins se deu alta, contratou uma enfermeira e se mudou para um hotel.
Norman recebia visita de amigos. todas as tardes. Eles conversavam, jogavam cartas e assistiam a comédias na televisão. Cousins percebeu que, depois de cada um desses momentos agradáveis, ele dormia melhor, comia com mais apetite e ganhava ânimo para a fisioterapia. Cousins conseguiu uma sobrevida espantosa. Morreu aos 75 anos, em 1990.
Os sentimentos positivos, ao facilitar o relacionamento entre as pessoas, têm um efeito multiplicador. Uma convivência tranqüila com parentes e amigos e um casamento feliz fazem um bem danado à saúde. “A alegria dilata e aquece o organismo”, diziam os médicos do século XVI. Já “a tristeza contrai e esfria o corpo”.
QUAL É O SEGREDO?
Uma outra história ilustra ainda mais o que queremos mostrar. O maior orgulho de Paulo Jacoboski, 66 anos, operador de máquinas e motorista de caminhão, é ter trabalhado 28 anos na prefeitura de Massaranduba (SC) sem nem um dia sequer de salário descontado por falta ou doença! Mas, aposentado, viu seu salário sumir dia após dia. A mulher, Irena, também se aposentou, como trabalhadora rural.
Com a filha única crescida, o casal decidiu que não dava para ficar em casa descansando. Então preencheram o tempo com uma atividade bastante pesada para quem já passou da juventude. Hoje, Paulo e Irena são bananicultores, cuidando, sozinhos, de 5,4 mil pés de banana. Eles trabalham sempre juntos.
Nas poucas horas de descanso, o casal aproveita para participar das atividades de um grupo de idosos, em Blumenau-SC. - O segredo da vida é esse: trabalhar e se divertir. Não se pode só fazer uma coisa ou outra - ensina o casal com a autoridade de quem sabe fazer bem as duas coisas.
O HUMOR E O AMOR
Não tenho dúvida de que você percebeu como o humor e a alegria são importantes para o namoro, o casamento e o relacionamento em geral. Isso vale para todos, não somente para o extrovertidos. Conheço muitos casais tímidos que conseguiram construir um lar com muita alegria.
Ser bem humorado conta muitos pontos. Já foi o tempo em que era obrigação agüentar o mau humor do namorado. Ter humor e alegria faz bem para a saúde do bem humorado e para quem convive com ele!
No entanto, aqui entra uma observação importante. Muitas vezes usamos a express ão: encontrar um namorado/marido perfeito; ou namorada/esposa perfeita. Este é um dos nossos erros. Talvez seria mais correto dizer: tornar-me eu mesmo um namorado/ marido bom.
Afinal, um relacionamento saudável implica em arregaçar as mangas e ir à luta. Requer compromisso e coragem para crescer e mudar. Não se trata de um presente, mas de uma conquista, de uma construção diária que, para ser feita, precisa muitas vezes passar por uma limpeza de certas coisas para desenvolver novas possibilidades, como bem diz a escritora Maria Helena Matarazzo.
E, com absoluta certeza, um dos ingredientes básicos para isso é o senso de humor. Na relação a dois, só o amor não basta. Uma dose de senso de humor é fundamental. Na vida cotidiana, os grandes problemas não são tantos. Mesmo assim, muita gente gasta uma quantidade incrível de tempo e de energia vivendo como se a cada momento fosse acontecer um desastre.
Ser capaz de rir de si mesmo, das próprias fraquezas, da falta de jeito diante dos imprevistos, rir junto com o companheiro das trapalhadas da vida é importantíssimo num casamento. É preciso aprender a achar graça das nossas próprias loucuras e das loucuras do outro.

Postado por MAURI LUIZ HEERDT

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