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quinta-feira, 10 de julho de 2008

COMO OS ANIMAIS ELEGEM SEUS LÍDERES

Do Site: www.atorredemarfim.apostos.com/
Do Site: www.noticiashospitalares.com.br/cronica.htm Do blog: http://torraodeacucar.blogs.sapo.pt/

AS FORMIGAS DE SUN TZU

A cabeça decepada ainda estava presa às mandíbulas da invasora. Não é manchete de jornal. A cena faz parte das 2500 horas de videoteipes sobre formigas gravadas pela equipe da pesquisadora alemã Susanne Foitzik, da Universidade de Regensburg, da Alemanha. Entre 1999 e 2001, Susanne pesquisou o comportamento peculiar de 20 espécies dos artrópodes na costa leste dos EUA e Canadá, que possuem o hábito de tomar de assalto outras colônias e escravizar as formigas residentes.
A tática parece tirada do clássico de estratégia militar A Arte da Guerra, de Sun Tzu. As formigas da espécie Protomognathus americanus, por exemplo, volta e meia escravizam as formigas Leptothorax longispinosus. Para tanto, utilizam uma tática cara ao mestre chinês: o ataque-surpresa, que é cuidadosamente planejado. Primeiro, um pelotão de reconhecimento avalia o terreno e identifica pontos de ataque. O pelotão captura formigas rivais, que são encaminhadas pelas outras Protomognathus. Sabendo contra quem vão lutar, elas partem para um ataque fulminante e violento. Com suas mandíbulas fortes, as Protomognathus matam o maior número possível das residentes. Com as mandíbulas, desmembram o corpo das Leptothorax. “O objetivo é seqüestrar as pupas (os filhotes) da colônia atacada”, diz Foitzik. Isso aumenta o poderio das formigas Protomognathus americanus. As cativas, levadas para a nova colônia, serão criadas como integrantes do formigueiro. Ali, seu status será como o de um escravo na Roma antiga, passando o resto da vida em servidão, mas com uma exceção. Enquanto em Roma os escravos não podiam exercer funções militares, as formigas cativas engrossam as milícias das conquistadoras: “As Leptothorax, criadas pelas Protomognathus, atacam as formigas de sua espécie quando se tornam adultas”, diz Susanne Foitzik.

CANSAÇO NA SELVA
Texto de ÁLVARO OPPERMANN

Da Revista SUPER INTERESSANTE/jun/2008

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