NADA COMBINA COM DROGA - NEM A VIDA

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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

SEMANA FARROUPILHA

DESFILE DA SEMANA FARROUPILHA
LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO -ESCRITOR GAÚCHO
MAPA DO RIO GRANDE DO SUL
E HOJE COMEÇO UMA SÉRIE DE TEXTOS SOBRE O RIO GRANDE DO SUL.

É A SEMANA FARROUPILHA
A história do Rio Grande do Sul, em vários momentos, foi definida por acontecimentos que ocorriam muito longe daqui. É esse o caso das invasões castelhanas: elas ocorreram em função de problemas de relacionamentos entre as cortes européias, mas quem “pagou o pato” foram os habitantes do território gaúcho. Em 1761 os governos da Espanha, Nápoles (então um reino independente) e França fizeram um pacto para combater o poder crescente da Inglaterra, que dominava progressivamente os mares e se consolidava cada vez mais como um império colonial. Esses países eram todos governados por reis da família Bourbon, descendentes de Luís XIV. Por isso, o pacto ficou conhecido como “Pacto de Família”. Portugal não aderiu ao pacto, pois já era aliada dos ingleses. A aliança vinha do tempo de D. João I, que era casado com a princesa inglesa Felipa de Lancaster. E havia também um motivo econômico: Portugal dependia dos navios ingleses para o comércio em suas colônias. No entanto, os três poderosos reinos não aceitaram a atitude portuguesa. Um grande exército, formado por espanhóis e franceses, invadiu Portugal. As hostilidades não se limitaram ao solo europeu, e se estenderam às colônias. Prevendo isso, o comandante da região do Rio da Prata, Gomes Freire de Andrade, ordenou que o governador do Rio Grande, Elói Madureira, tomasse medidas para impedir a invasão do território brasileiro pelas forças castelhanas. As medidas adotadas não foram, porém, capazes de evitar a invasão. O governador de Buenos Aires. D. Pedro Ceballos, cercou a Colônia de Sacramento, então sob o domínio português, No dia 29 de outubro de 1762, as tropas portuguesas que estavam na colônia se renderam – afinal, eram 900 homens contra os 4 mil espanhóis. O passo seguinte da marcha espanhola sobre o Brasil foi a tomada do forte Santa Teresa (atualmente em território uruguaio), que havia sido constituído pelo comandante de Rio Pardo, Tomás Luís Osório, como forma de resistir ao avanço espanhol. O forte foi construído em janeiro de 1763 e tomado em abril do mesmo ano. A seguir (quatro dias depois) caiu o forte de São Miguel, próximo de Chuí. E no dia seguinte, 24 de abril de 1763, a vila de Rio Grande foi ocupada pelos espanhóis. Com a ocupação, o então governador Elói Madureira recuou para Viamão, onde instalou a sede do governo. Mais uma vez, acontecimentos da Europa vieram interferir diretamente com o que acontecia aqui. Os países da Europa firmaram um tratado de paz. Isso interrompeu a marcha espanhola sobre o território brasileiro - mas não fez com que fossem devolvidos os territórios ocupados. A vila de Rio Grande só seria retomada em 1776, após uma série de episódios de emboscadas e batalhas entre os dois lados.
Fonte:
Lígia Gomes Carneiro
Do Site: www.riogrande.com.br/municípios

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