NADA COMBINA COM DROGA - NEM A VIDA

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quarta-feira, 9 de julho de 2008

LEI DE TOLERÂNCIA ZERO CAUSA POLÊMICA



POR QUE A LEI DE TOLERÂNCIA ZERO AO ÁLCOOL


TEM DESPERTADO TANTA CONTESTAÇÃO?


Criada para poupar vidas, evitar dor e sofrimento e reduzir os crescentes percentuais de
acidentes fatais no trânsito, envolvendo motoristas bêbados, ainda assim a Lei de Tolerância Zero ao álcool gera discussões e continua despertando indignações, em todo o país.
O primeiro aspecto a ser examinado é também o mais simples: a diferença entre a relação de regras que a Lei trouxe e o que antes existia (?) e um verdadeiro abismo. Em princípio, especialmente em se tratando do RS, localizado na região de temperaturas mais baixas do país e que por isso mesmo há séculos habituou-se a algumas práticas para enfrentar o frio, a Lei agride e inquieta.
É justamente este o seu principal objetivo. Ninguém desconhece que, comparado ao morticínio
do trânsito brasileiro, 0 Vietname, 0 Iraque e outras guerras afins, são apenas elementos de reforço às argumentações - perdemos, no trânsito brasileiro, mais de 50 mil vidas por ano, em números crescentes.
Uma Lei para acabar com esse desfile de desgraças, só poderia mesmo ser uma Lei que tocasse fundo nos hábitos, nos costumes mais arraigados e na acomodação que facilita a morte.
Verificando a experiência em algumas partes do mundo quanto ao tema trânsito e suas conseqüências, vemos que a Lei de Tolerância Zero ao álcool, considerada por muitos como draconiana, e quase pueril, em alguns detalhes. Já há algum tempo, quem no continente europeu
e flagrado guiando acima da taxa/limite de tolerância - 0,5 gramas de álcool por litro de sangue - pode receber multas que ultrapassam R$ 16 mil (varia de país para país), punição somada a perda da Carteira de Habilitação por até três anos e prisão por até oito meses, diretamente proporcional ao teor alcoólico detectado no exame. Na Europa, assim como no Japão, Canadá e Austrália, o álcool marca presença em quase 1/3 dos acidentes de trânsito, o que passou a merecer rigorosas penas de prisão para quem, guiando alcoolizado, tenha sido comprovadamente responsável por um acidente fatal. Não me surpreende saber que o comportamento do resto do Brasil quanto a Lei, difere um pouco da posição gaúcha. Primeiro porque o resto do país é tropical e o combate ao frio não requer os mesmos recursos que os aqui utilizados. Talvez a melhor resposta a todas as dúvidas seja mesmo dar um pequeno tempo ao tempo. Daqui a seis meses, teremos uma estatística comparativa, com a qual será mais fácil ver quem estava com a razão. Gosto da Lei, justamente porque não gosto de ver famílias chorando seus mortos e sonhos cortados em meio por bêbados irresponsáveis.

Você não e um deles? Ótimo!

Comemore a vitória da razão com um gostoso suco, guaraná ou água pura.

Saúde! E vida longa para seus sonhos!

De Raul Moreau




Jornal O Mensageiro de Santo Ângelo-RS

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