DIA 07 DE JUNHO - DIA DA LIBERDADE DE IMPRENSA
Thomas Jefferson disse uma frase que virou marco no mundo da comunicação:
"Fosse deixado a mim decidir se deveriam ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir este último".
Ou seja, a liberdade de imprensa vale mais que a própria idéia do Estado.
Entretanto, há uma "segunda parte" na carta de Jefferson que é pouco divulgada e completa a idéia acima. O ex-presidente americano também disse, nos mesmos texto e parágrafo em que está a frase:
"Mas insistiria em que todo homem recebesse esses jornais e os soubesse ler".
A liberdade de imprensa deve ser plena, claro que sujeita às leis em casos de calúnia, injúria, difamação, inseridas numa legislação específica no caso do Brasil. Mas também deve ser pleno o direito dos leitores, ouvintes e espectadores à consciência, pois, quando incapazes do discernimento, podem ser tão usados pela má imprensa como são pelos maus governos.
posted by Marcos Brogna at 17:15
3 Comments:
João Tavares said...
Caro Marcos Brogna,
posted by Marcos Brogna at 17:15
3 Comments:
João Tavares said...
Caro Marcos Brogna,
Como sempre seus comentários são importantes e permitem amplo debateSem dúvida a liberdade de imprensa é um dos pilares da democracia. Mas poderiamos acrescentar na "segunda parte" da carta de Jefferson, como disse Serrano Neves, "Liberdade de Imprensa não é sinônima de licenciosidade de imprensa" O grande problema como temos visto atualmente é quando os "barões de papiro da grande mídia" utilizam as "manchetes" partidárias, que infelizmente nem todos os leitores tem o discernimento de poder avaliar o que seja "liberdade de imprensa ou partidarismo da imprensa" Nas manchetes partidárias a grande mídia se julga um Tribunal e alguns jornalistas se julgam juízes. Ou seja, não adianta a Justiça inocentar um determinado cidadão:- a "grande mídia" o condenou, está condenado!!! É o pré-julgamento. Tem gente que nunca leu o processo, mas, já condena, "ad limina", apenas, por ouvir falar, ou apenas por lêr a manchete, não lendo a matéria e o sagrado direito de se "ouvir o outro lado" Finalizando e para reflexões cito: "A imprensa brasileira é corrupta? Ela pode ser comprada por forças políticas, por grupos econômicos ou pelo poder público? Fonte: (Ombudsman/FSP/12dez2004). Marcos continue com temas questionadores, que permitem o pluralismo de idéias e o debate democrático. Receba o meu forte abraço, extensivo a toda equipe do jornal e aos demais blogueiros.
9:58 AM
Marcos Brogna said...
Caro João Tavares, sempre enriquecendo os debates por aqui! Bom vê-lo na blogosfera e muito interesssantes suas observações, com as quais concordo. Lembrei-me do caso Escola Base, um escândalo que se encaixa em suas colocações. A mídia condenou por antecipação os donos da escola, destruindo suas vidas mesmo sendo eles inocentes. Foi um caso isolado? Não! Recentemente, uma mãe foi presa acusada de ter matado o próprio filho, colocando cocaína em sua mamadeira. O caso foi arrebentado em manchetes garrafais, aquelas feitas para estourar a venda em banca. Depois, conclui-se que era tudo mentira. Erro de quem prendeu, mas também erro de quem noticiou de forma escandalosa e pouco investigativa. É a mídia que só se interessa pelo vil-metal, pela vendagem a qualquer custo, pelo ibope e nada mais. A mídia que só pensa no hoje e pode não ter credibilidade para estar viva, amanhã. Vide o sepultamento do "Notícias Populares", que Deus o tenha.
10:57 AM
João Tavares said...
Caro Marcos Brogna,Você citou a barbaridade o "horror" que a "grande mídia sensacionalista" fez com a Escola Base, ela destruiu a vida do seu proprietário e a sua mulher. A última informação que tenho deles, era que "doentes" sobreviviam com enormes dificuldades do serviço de fotocópias(xerox) numa pequena sala da Praça da Sé. Será que grande mídia pediu desculpas a eles "nós erramos"??? Foram indenizados por "danos morais"??? Sequelas que jamais vai cicatrizar por que a "santa inquisição" do Tribunal da grande mídia e de alguns jornalistas juízes, que os "condenaram" junto a opinião pública. Mas a verdadeira Justiça os "absolveu" Como exemplo sito o famoso caso:- O coronel Dreyfus e Émile Zola. Felizmente, Dreyfus tinha a seu favor brilhante defensor junto a mídia, um dos maiores escritores da época que se indignou diante do teatro de fantoches que se desenrolava na imprensa, Émile Zola, que foi discriminado pela ousadia em divergir. Zola escreveu no Jornal L´Aurore em 1898 carta aberta intitulada J´Accuse!(Eu acuso!) contra o ultraje: "que folhas de tolerância tirando alguns milhares de exemplares, ULULEM e MINTAM para forçar a tiragem, compreende-se: o mal que fazem é restrito. Mas o Petit Journal, tirando mais de um milhão de exemplares, dirigindo-se aos humildes, penetrando em toda a parte, SEMEIE O ERRO, DESVAIRIE A OPINIÃO, eis que assume excepcional gravidade, na demência que te arrebata: AS MENTIRAS DA IMPRENSA, O REGIME DE CONTOS INEPTOS, DE BAIXAS INJÚRIAS, DE PERVERSÕES MORAIS, em que ela te lança todas as manhãs". Contudo distingue-se o Cel. Dreyfus por não ter o mesmo tempo para esperar a verdade e nem ter um Zola em sua defesa. Todavia, eu também acuso. PS:- Depois de 100 anos o exercíto francês reconheceu que o Cel. Dreyfus era inocente e o condecorou "post-morten"!!!??
9:58 AM
Marcos Brogna said...
Caro João Tavares, sempre enriquecendo os debates por aqui! Bom vê-lo na blogosfera e muito interesssantes suas observações, com as quais concordo. Lembrei-me do caso Escola Base, um escândalo que se encaixa em suas colocações. A mídia condenou por antecipação os donos da escola, destruindo suas vidas mesmo sendo eles inocentes. Foi um caso isolado? Não! Recentemente, uma mãe foi presa acusada de ter matado o próprio filho, colocando cocaína em sua mamadeira. O caso foi arrebentado em manchetes garrafais, aquelas feitas para estourar a venda em banca. Depois, conclui-se que era tudo mentira. Erro de quem prendeu, mas também erro de quem noticiou de forma escandalosa e pouco investigativa. É a mídia que só se interessa pelo vil-metal, pela vendagem a qualquer custo, pelo ibope e nada mais. A mídia que só pensa no hoje e pode não ter credibilidade para estar viva, amanhã. Vide o sepultamento do "Notícias Populares", que Deus o tenha.
10:57 AM
João Tavares said...
Caro Marcos Brogna,Você citou a barbaridade o "horror" que a "grande mídia sensacionalista" fez com a Escola Base, ela destruiu a vida do seu proprietário e a sua mulher. A última informação que tenho deles, era que "doentes" sobreviviam com enormes dificuldades do serviço de fotocópias(xerox) numa pequena sala da Praça da Sé. Será que grande mídia pediu desculpas a eles "nós erramos"??? Foram indenizados por "danos morais"??? Sequelas que jamais vai cicatrizar por que a "santa inquisição" do Tribunal da grande mídia e de alguns jornalistas juízes, que os "condenaram" junto a opinião pública. Mas a verdadeira Justiça os "absolveu" Como exemplo sito o famoso caso:- O coronel Dreyfus e Émile Zola. Felizmente, Dreyfus tinha a seu favor brilhante defensor junto a mídia, um dos maiores escritores da época que se indignou diante do teatro de fantoches que se desenrolava na imprensa, Émile Zola, que foi discriminado pela ousadia em divergir. Zola escreveu no Jornal L´Aurore em 1898 carta aberta intitulada J´Accuse!(Eu acuso!) contra o ultraje: "que folhas de tolerância tirando alguns milhares de exemplares, ULULEM e MINTAM para forçar a tiragem, compreende-se: o mal que fazem é restrito. Mas o Petit Journal, tirando mais de um milhão de exemplares, dirigindo-se aos humildes, penetrando em toda a parte, SEMEIE O ERRO, DESVAIRIE A OPINIÃO, eis que assume excepcional gravidade, na demência que te arrebata: AS MENTIRAS DA IMPRENSA, O REGIME DE CONTOS INEPTOS, DE BAIXAS INJÚRIAS, DE PERVERSÕES MORAIS, em que ela te lança todas as manhãs". Contudo distingue-se o Cel. Dreyfus por não ter o mesmo tempo para esperar a verdade e nem ter um Zola em sua defesa. Todavia, eu também acuso. PS:- Depois de 100 anos o exercíto francês reconheceu que o Cel. Dreyfus era inocente e o condecorou "post-morten"!!!??
Nascido em Americana, jornalista graduado pela Fundação Cásper Líbero, em São Paulo. Conheça Marcos Brogna
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